Em Dia Internacional da Mulher, o Cruzeiro resolveu expor nas camisolas do jogo com o Murici os números de violência contra as mulheres no Brasil.

Num comunicado publicado no site, o clube lembra que na passada quinta-feira, «Henrique precisou de aproximadamente 33 minutos para abrir o placar», um tempo que «pode parecer uma eternidade para o torcedor, mas é suficiente para que três mulheres sofram estupro no país».

Foi a pensar nesta e noutras realidades que vivem as mulheres no Brasil, que o clube resolveu fazer a campanha.

«O Cruzeiro tem participado de diversas campanhas contra qualquer tipo de preconceito. Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papéis sociais que os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo», disse o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares.

«O Dia Internacional da Mulher não é um momento apenas de trazer à tona toda a característica de desigualdade que ainda existe no Brasil e no mundo, mas também é um momento de consciencialização de outros aspectos. Alguns dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde, com o próprio corpo. É importante poder trazer à tona assuntos tão importantes e relacionados com a mulher», disse Marcone Barbosa, diretor de marketing, sendo que a iniciativa também servirá para chamar a atenção de questões como a depressão pós-parto.