A forma apaixonada como Diego Simeone vive o jogo traz-lhe alguns desgostos nos relvados, mas também em casa, com a família, como o próprio reconheceu, à margem de uma apresentação do documentário sobre a sua carreira.

«A minha relação com o futebol é paixão que depois vira obsessão, naturalmente», disse o treinador do Atlético de Madrid, no programa ‘El Hormiguero’, citado pela Marca.

‘El Cholo’ recordou também uma frase da filha que ainda não esqueceu. «Fiz uma brincadeira e disse 'não, o futebol é minha vida', e ela, que estava a brincar, virou-se e disse 'não, a tua família é a vida', e eu respondi ‘bem, estás certa’.»

Acusado de promover um estilo de jogo mais defensivo, Simeone recusou a ideia de não gostar de promover um modelo de jogo agradável.

«Quando és treinador, a tua posição está sempre em perigo, e para não correr perigo tens que vencer. Todos nós gostamos de um bom futebol, um futebol bonito, dar 200 passes mas, se não ganhas, vais para casa», sublinhou, antes de explicar como os jogos alteram a rotina em casa. «Eu e a minha mulher conhecemo-nos há 8 anos e ela já sabe que se a equipa ganhar, come fora de casa e se empatar ou perder, come em casa.»

O técnico dos colchoneros estabeleceu ainda a diferença entre os treinadores e os futebolistas. «O treinador sofre mais, sem dúvida. Porque quando és jogador de futebol pensas que é um jogo coletivo mas que, obviamente, é individual muitas vezes e muito egoísta. Por outro lado, o treinador tem que pensar na direção, nos adeptos, no staff técncio, nos jogadores. E tudo isso acarreta um desgaste muito grande, eu adoro isso, mas ao mesmo tempo sofres.»