O selecionador dinamarquês falou neste domingo aos jornalistas sobre a situação traumática vivida no sábado pela equipa que lidera, depois de Christian Eriksen ter colapsado no relvado no jogo frente à Finlândia.

Kasper Hjulmand afirmou que a comitiva vai tentar retomar a normalidade possível para o que resta do Europeu, assumindo que a tarefa não será fácil.

«Os jogadores reagem aos traumas de forma diferente. Vamos tentar regressar à normalidade possível. Vou tentar perceber como estão os jogadores, mas se calhar passou pouco tempo para avaliar tudo o que aconteceu. Mas vamos tentar unir-nos para reagir», começou por afirmar.

O selecionador confidenciou ainda como a conversa de Eriksen com os companheiros foi fundamental, revelando que após o susto, o médio estava preocupado com… os colegas.

«Foi ótimo falar com ele hoje [domingo], disse-nos: ‘não me lembro de nada, estou mais preocupado com vocês. Como estão?’. O Christian é mesmo assim», disse Hjulmand.

«Adorámos vê-lo sorrir. Ele é um jogador incrível, mas é uma pessoa ainda melhor», acrescentou.

Hjulmand defendeu ainda ter sido um erro a equipa ter voltado ao jogo ainda ontem.

«Acho que foi um erro pedir aos jogadores que decidissem. Eles estavam em estado de choque, ainda não sabiam se tinham perdido um amigo e tiveram de decidir. Acho que devíamos ter entrado no autocarro e ido para casa, mas estou muito orgulhoso deles», terminou.

Já Morten Boesen, o médico da seleção dinamarquesa, deu alguns detalhes do momento em que foi preciso reanimar o jogador do Inter Milão, assumindo que houve uma paragem cardiorrespiratória.

«Houve uma paragem cardiorrespiratória e chegámos a perdê-lo. Ele já se tinha ido, não sei quão perto estávamos de o perder, mas recuperámo-lo ao fim de uma tentativa. Foi bastante rápido», sublinhou, enaltecendo o papel do desfibrilhador.