Patrick Ekeng, médio camaronês do Dínamo Bucareste, que morreu subitamente durante um jogo do campeonato romeno, sofria de «problemas cardíacos graves», segundo revelam os primeiros resultados da autópsia conhecidos esta quarta-feira.

Segundo revelou o Instituto Médico-Legal de Bucareste, em comunicado, Ekeng padecia de cardiomegalia (coração aumentado), resultante de uma hipertrofia do ventrículo esquerdo, apresentando várias anomalias coronárias. «Ele tinha problemas cardíacos graves», disse o médico legista Abdo Salem à agência romena Agerpres.

O jogador de 26 anos, que cumpria a primeira época no Dínamo, caiu em campo inanimado sete minutos depois de ter entrado, sem que tenha havido qualquer contacto físico com outro jogador, resultando infrutíferas todas as tentativas feitas para o reanimar.

Patrick Ekeng tinha passado os testes médicos a que foi sujeito em janeiro de 2016 no Instituto Nacional de Medicina Desportiva em Bucareste, que nada revelaram de anormal, segundo a diretora adjunta daquela instituição Simona Nanoveanu, em declarações ao sítio de informação Hot News. «Todos os exames a que se sujeitou foram bons e revelaram que o jogador estava apto a praticar um desporto de alto nível», afirmou.

O relatório final da autópsia será publicado depois dos resultados dos exames toxicológicos, que serão conhecidos dentro de duas semanas. Entretanto, o Dínamo decidiu retirar do plantel a camisola com o número 14, que era envergada por Ekeng, e já prometeu que, em caso de vitória na final da Taça da Roménia, frente ao CRF Cluj, na próxima terça-feira, doará o troféu à família do malogrado futebolista.