Al-Ahly e Al-Masry vão voltar a defrontar-se no próximo sábado. Os dois clubes egípcios não jogam um contra o outro desde fevereiro de 2012, quando 72 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas, durante os confrontos entre adeptos de ambas as equipas.
 
Nesse ano, a liga egípcia foi dividida em dois grupos, a fim de evitar ao máximo o confronto entre os dois clubes, embora fosse  possível continuarem a encontrar-se numa final. Agora, essa divisão deixa de existir, permitindo que todos os emblemas se defrontam.

«A partida será disputada pelo futebol egípcio, e os direitos dos mártires serão respeitados», disse Mahmoud Taher, presidente do Al-Ahly, treinado então pelo português Manuel José. O jogo vai agora ser realizado no campo neutro de El Gouna, à porta fechada e longe do local dos longe dos confrontos.

Para o mesmo sábado está também agendada nova audiência a 73 réus pelo incidente de 2012. Entre eles nove polícias, acusados do homicídio de adeptos do Al-Ahly. As famílias têm sede de justiça e explicam-no, em comunicado enviado à France Presse: «Não me importo se vai haver jogo ou não. Perdi o interesse pelo futebol e agora só me preocupa que os culpados paguem e que seja feita justiça pelo meu filho», afirmou Abdel Aziz Metwaly, pai de uma das vítimas.