O departamento de investigação britânico de acidentes aéreos (AAIB) indiciou, nesta segunda-feira, que o avião que transportava Emiliano Sala naquela noite fatídica não estava autorizado a realizar voos comerciais.

Segundo os investigadores, a aeronave registada nos Estados Unidos, «não podia ser utilizada para voos comerciais sem autorização da FAA e da CAA» - as autoridades de regulação da aviação civil nos Estados Unidos e no Reino Unido - e não há «qualquer prova de que essa autorização tivesse sido pedida ou concedida».

O AAIB disse também que a licença do piloto, emitida pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação, não pressupunha a autorização para voar à noite, desconhecendo-se se David Ibbotson possuía ou não tal autorização isto porque a licença e o registo se devem ter perdido na queda do avião.

O relatório agora divulgado refere ainda que os destroços do Piper PA-46-310P Malibu, que caiu a pique no Canal da Mancha, foram encontrados a apenas 30 metros do local onde foi feito o último contacto por volta das 20h00 e que o piloto pediu para descer de altitude, de forma a evitar a nebulosidade, pouco antes de o avião desaparecer dos radares.

Recorde-se que só o corpo de Sala foi encontrado não havendo até agora notícias sobre David Ibbotson, mas as buscas pelo piloto foram retomadas.