O presidente da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), o francês Frederic Thiriez, anunciou que o organismo dará apoio a todas as associadas que avancem com processos contra a FIFA por causa das datas do Mundial-2022, marcado excecionalmente para os meses de novembro e dezembro devido às elevadas temperaturas que se fazem sentir no Qatar no verão.
 
«A EPFL está pronta para apoiar todas as ações legais que as nossas filiadas pretendam acionar contra a FIFA. Estamos muito desiludidos com esta decisão do calendário do Mundial2022», referiu o dirigente que também lidera a liga francesa após uma reunião da EPFL, em Barcelona.

Para Frederic Thiriez, a realização do Mundial2022 no inverno vai causar «sérios prejuízos, no âmbito desportivo e financeiro». «Esta decisão levanta sérias dúvidas sobre as motivações dos envolvidos neste processo. Demonstrou falhas de gestão», criticou.


Nem o facto de a FIFA ter reforçado as compensações financeiras aos clubes que disponibilizem jogadores às seleções atenuou as críticas da EPFL. No último Campeonato do Mundo, no Brasil, a FIFA distribuiu 70 milhões de dólares (cerca de 65 milhões de euros) pelos clubes. Para 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar, reservou 209 milhões de dólares (cerca de 193 milhões de euros) para cada edição.

«A EPFL tem de proteger os interesses de todos os clubes, incluindo os que não disponibilizam jogadores às seleções. Com esta decisão, o interesse de todos não foi tomado em conta», referiu ainda Thiriez.