Sergio Aguero não escondeu o desejo de jogar com Messi quando decidiu assinar pelo Barcelona. Porém, «El Kun» viu o compatriota sair para o PSG e o seu desejo ficou por cumprir.

O antigo avançado do Manchester City confessou ter ficado «em choque» com a saída do amigo para Paris.

«Quando conversei com o Barcelona, sabia que o clube não estava bem economicamente. Dava-me igual o dinheiro que ia ganhar, queria era jogar no Barcelona. Disse ao meu representante que aceitava. Era claro que nunca poderia ganhar aqui o que ganhava no City, mas era um sonho jogar aqui. Durante as negociações com o Barça falei com o Messi, mas nunca sobre a sua continuidade. Não o queria incomodar, mas disse-me que estava tudo por tratar. Estávamos na Copa América e depois aconteceu o que aconteceu, ele saiu e eu fiquei em choque. Sem dúvida que voltaria a assinar pelo Barcelona mesmo sabendo como está o clube. O Barcelona vai melhorar economicamente e irá compensar os mais jovens pelo esforço. Messi disse-me que voltará a viver em Barcelona. Defrontei-o quando estava no Manchester City e seria lindo jogar contra ele», confessou, aos microfones da RAC1.

«Sair? Nunca entendi por que razão surgiram essas notícias. Quando assinei pelo Barcelona, Messi ainda não tinha renovado. Esperava que o clube e ele chegassem a acordo, mas em algum momento existiu uma cláusula para sair. A seguir aconteceu o que aconteceu com o Leo e lesionei-me. Por isso não participei no troféu Joan Gamper», acrescentou. 

Depois de ver Messi comprometer-se com o PSG, o emblema catalão viu também Griezmann assinar pelo Atlético de Madrid no último dia do mercado. Apesar dos elogios ao francês, Aguero acredita que existe qualidade dentro da equipa para suprir a sua saída. 

«Griezmann? Entende-se pela situação económica do clube. Havia dúvidas e até ao último minuto podia acontecer alguma coisa, embora não estivesse à espera. Fez 'pum' e desapareceu assim como Pjanic. Temos muito bons jogadores. Saíram bons jogadores, mas temos gente que os pode substituir», frisou. 

Embora tenha encerrado a etapa no Manchester City, o atacante argentino falou de Pep Guardiola, a quem teceu rasgados elogios.

«Desde que chegou colocou em prática as suas ideias e facilitou-me muito. Não tinha de movimentar-me tanto, deixou claro o que tínhamos de fazer. No meu caso, tinha de estar perto da área. Ajudou-nos muito, ganhámos muito, mas para mim o mais importante foi que aprendi muito. A bola chegava-me sem estar à espera. Guardiola é um tipo que não para. Ganhávamos um título e no dia seguinte exigia o mesmo. No Barcelona os treinos também são exigentes e muito bons», elogiou. 

Por último, Aguero recusou indicar um número de golos na primeira época em Camp Nou e deu voz às ambições da equipa do Barcelona para 2021/22.

«Não é preciso um jogador marcar 30 golos. A equipa tem de se ajudar. O Sergio Roberto agora é o nosso goleador. Chamo-lhe goleador e ele ri-se. É preciso que outros jogadores marquem golos até para surpreender os adversários. Não me guio por números, quero é conquistar títulos. Isso é o que me interessa. Os golos só são importantes se derem pontos ou títulos. É preciso ganhar, ganhar e ganhar. Títulos? Nunca ganhei um título em Espanha, só uma Supertaça europeia e uma Liga Europa. Quero ganhar a Liga e a Taça do Rei», apontou. 

A recuperar de lesão, Sergio Aguero ainda não se estreou oficialmente pelos culés.