O presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, negou esta terça-feira que o último acordo com o Barcelona esteja relacionado com o futebolista Antoine Griezmann.

As palavras do dirigente do emblema de Madrid surgem um dia após o El Mundo ter noticiado que os dois clubes chegaram a acordo no caso Griezmann, com um pagamento de 15 milhões de euros por parte do Barcelona ao Atlético, com os catalães a ficarem com direito de preferência sobre cinco jogadores, entre os quais Saúl Ñiguez e Giménez.

Este acordo visaria, adiantou o mesmo jornal, alcançar a paz final entre os dois clubes e evitar que os colchoneros comprovassem publicamente a abordagem a Griezmann fora do mercado de transferências, através de correspondência eletrónica. O Barcelona, recorde-se, foi multado pela Federação Espanhola de Futebol em 300 euros, por uma alegada abordagem a Griezmann, em março, quando o francês ainda representava o Atlético.

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«O assunto do Antoine [Griezmann] já ficou fechado com a multa ridícula de 300 euros da Federação. Sobre dinheiro não vou falar, mas o acordo nada tem a ver com Griezmann», afirmou, à Radio Marca, não confirmando, no entanto, os moldes em que assenta o pacto.

Esta terça-feira, de acordo com o jornal espanhol As, Saúl e Giménez são mesmo dois dos atletas implicados no acordo, que obedece a alguns requisitos, tal como o El Mundo já tinha avançado. O mesmo não se trata de uma opção de compra do Barcelona pelos jogadores do Atlético. É, sim, permitir aos catalães serem informados de propostas e terem a possibilidade de rebater qualquer oferta que chegue aos madrilenos pelos jogadores implicados.

Uma situação que, a acontecer, tem três requisitos prévios: o Atlético estar disposto a vender, o jogador querer sair, bem como a existência de um clube interessado em contratar, sem ser o Barcelona. Só neste cenário é que Enrique Cerezo é obrigado, segundo o acordo, a notificar a oferta de terceiros ao emblema catalão, para que este queira – ou não – melhorar a proposta para uma possível aquisição.