Onze jogos, 31 pontos ganhos e apenas dois deixados pelo caminho. É este o balanço da campanha do Barcelona na Liga espanhola, registo que vale à equipa blaugrana a liderança isolada da prova com quatro pontos de avanço sobre o Valência e oito do campeão Real Madrid.

Sergio Busquets, pilar do meio-campo da equipa de Ernesto Valverde, admite que, apesar dos bons resultados, o futebol do Barça não tem o perfume de outros tempo.

«Não estamos a jogar de forma brilhante, mas somos sólidos e compactos. Custa menos fazer golos e estamos muito contentes. Temos consciência disso [n.d.r.: jogo menos brilhante]. Perdemos um jogador muito importante [Neymar] e mudámos o sistema. Isso dá-te umas coisas e tira-te outras. Mas o mais importante é sermos compactos: é assim que se constrói uma equipa ganhadora», apontou numa entrevista à Rádio Marca.

Apesar da liderança algo confortável dos catalães sobre o maior rival, Busquets não considera que o campeonato esteja a ficar definido. «Se me derem a escolher, claro que, quanto maior for a vantagem para eles, melhor. Mas não nos vemos campeões por ter essa diferença. Temos de seguir o nosso caminho, a ganhar e a fazer bons jogos.

Busquets, que atingiu recentemente as 100 internacionalizações ao serviço da seleção espanhola, mostrou-se feliz com o registo e disse querer dar continuidade à carreira ao serviço da «Roja», não obstante o cenário de tensão política entre Espanha e a Catalunha. Assunto que também foi abordado por Busquets, natural de Sabadell, cidade da Catalunha.

Recentemente, a nova camisola da seleção deu que falar devido a uma suposta alusão ao republicanismo, o que foi encarado por alguns como uma espécie de provocação à Catalunha. «Se teria havido a mesma tensão sem a tensão sociopolítica que há hoje em dia? Talvez não tanta», começou por dizer, esvaziando a seguir o tema. «É a camisola da seleção, de uma equipa de futebol e nada mais. Não há que misturar outras ideias», rematou.