Um tribunal de Navarra aplicou penas de prisão a nove dos onze arguidos do denominado «Caso Osasuna». É a primeira condenação por corrupção desportiva no futebol espanhol.

A sentença refere que foi dado como provado que alguns dirigentes do Osasuna acordaram o pagamento de 650 mil euros a dois jogadores do Betis, como "incentivo" para que a equipa de Sevilha vencesse o Valladolid na penúltima jornada da época 2013/14, e depois perdesse com o Osasuna na última ronda.

O objetivo era evitar a despromoção do Osasuna, e essa combinação de resultados verificou-se mesmo, mas ainda assim o emblema de Pamplona acabou por descer (tal como o Betis, de resto).

A sentença mais longa foi aplicada a Ángel Viscay, antigo dirigente do Osasuna: oito anos e oito meses de prisão.

Michel Archango Taberna, então presidente do emblema de Pamplona, foi condenado a seis anos e oito meses de prisão, tal como a Jesús Peralta Garcia, antigo dirigente do clube, enquanto que Juan Antonio Pascual Leche, antigo vice-presidente, teve uma pena de apenas dois meses a menos.

Sancho Bandrés, antigo tesoureiro do Osasuna, foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão.

Antonio Amaya e Xavi Torres, os dois jogadores envolvidos neste caso de corrupção desportiva, foram condenados a um ano de prisão, para além de dois anos de proibição de atividade desportiva, embora ambos tenham já penduras as chuteiras.

O caso implicava ainda um terceiro jogador, Jordi Figueras, atualmente no Racing Santander, mas foi absolvido pelo tribunal, tal como um antigo dirigente da Fundação Osasuna.

Os outros dois arguidos com condenação foram Cristina Valencia e Albert Nolla, agentes imobiliários, com penas de nove meses de prisão por falsificação de documento.