A sugestão partiu do ex-internacional espanhol Iker Casillas, que em fevereiro assumiu a candidatura à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF): concluir as competições, suspensas desde 12 de março, devido à pandemia da covid-19, de forma a acabar a época em dezembro, se tudo voltar à normalidade em três ou quatro meses.

Entre as várias hipóteses que o guarda-redes, que terminou a carreira no FC Porto no passado mês de fevereiro, colocou na rede social Twitter, uma delas seria assim a conclusão das competições no final do ano civil, atendendo a que em 2022 o Campeonato do Mundo de Futebol que se disputa no Qatar e a título excepcional, no inverno.

«Como solucionas as datas do futebol europeu? Anulas a época? Adaptas a competição ao ano civil? Ou seja, se tudo estiver bem em três/quatro meses, jogar o que resta da temporada e colocar as finais da LC [Liga dos Campeões] e da LE [Liga Europa] em dezembro», escreveu Casillas.

«O próximo Mundial é em novembro de 2022. Ajustes», realçou o guardião que se sagrou campeão do mundo pela Espanha em 2010 e bicampeão europeu em 2008 e 2012 e que é um dos nomes mais sonantes do futebol espanhol e mundial.

Opinião distinta tem o presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, que não perdeu tempo em responder ao ex-jogador recordando que já estão assinaladas novas datas que irão permitir que a época 2019/20 seja concluída em tempo útil e afirmando que a solução apontada por Casillas implicaria a pura e simples perda de uma temporada desportiva com todas as consequências financeiras resultantes desse reagendamento.

«Adiar o final de época e começar no ano civil supõe perder uma temporada. O que aconteceria com os contratos televisivos, os dos jogadores, assinados por várias épocas e que supõem milhares de milhões de euros?», questionou o presidente de La Liga.

A Espanha é o segundo país do mundo com mais casos de infetados pela covid-19. No total já foram alvo de contágio pela doença 130.759 pessoas, com o país a ser igualmente o segundo em todo o mundo com maior número de mortes, 12.418.