Alberto Zapater. O nome diz mais aos adeptos do Sporting, ou não tivesse o médio espanhol jogado no clube de Alvalade na época 2010-2011, marcando quatro golos em 34 partidas.

O que poucos conhecerão é o calvário que o jogador atravessou no Lokomotiv Moscovo, equipa para a qual se transferiu depois de deixar Lisboa.

Agora, numa altura em que volta a estar em bom nível no seu Saragoça, Zapater recuou no tempo e recordou a altura em que o mundo desabou, mostrando-se encantado com facto de ter podido voltar a usufruir dentro do campo. «Arrancaram-me do futebol e agora, ao voltar a tê-lo, desfruto.»

«Passei por duas operações, treinava no relvado artificial com a filial e passei dois anos assim. Pouco depois tive duas hérnias, surgiram-me uns quistos num rim, que herdei do meu pai e o Lokomotiv alegou que eu estava doente para rescindir o meu contrato», revela o jogador que entre 2011 e 2015 disputou menos de 40 jogos.

Mas mais do que o futebol, Zapater revela-se contente por voltar a ter qualidade de vida. «Eu pensava que não ia voltar a jogar futebol, mas não era apenas isso que queria, eu queria voltar a ter qualidade de vida», confidencia.

Atualmente, Zapater cumpre a terceira época em grande nível no Saragoça, equipa que está a meio da classificação na 2.ª divisão espanhola, e onde é colega do português Diogo Verdasca, mas não esquece o jogo em que voltou depois do calvário: «É como voltar a começar, quando tinha 19 anos.»