Roberto Moreno, treinador do Mónaco e ex-selecionador espanhol, admitiu ter sido egoísta na forma como agiu antes de sair da seleção espanhola, mas disse que faria tudo igual e não se arrepende.

«Faria tudo na mesma, sabendo que o fiz a pensar no futuro. Fui egoísta e hoje, estou onde estou por ter feito as coisas como fiz e foi isso que me fizeram saber quando fui contratado pelo Mónaco», disse Moreno em entrevista à rádio RAC1.

O treinador tinha assumido La Roja em junho, substituindo Luís Enrique, de quem era adjunto e que viveu um período muito difícil, de acompanhamento da filha, que viria a morrer, antes de regressar à seleção.

Luís Enrique deixou a seleção espanhola em junho de 2019 e Moreno pegou na equipa e terminou a qualificação para o Europeu de 2020, mas em novembro a Federação anunciou o regresso de Luís Enrique, a quem dissera que mantinha «a porta aberta».

A situação desagradou a Roberto Moreno, que tinha pedido a Luís Enrique que voltasse apenas após o Euro2020, algo que desgostou ao antigo jogador.

«O único responsável pelo Robert Moreno não estar na minha equipa sou eu. O desentendimento foi em 12 de setembro em minha casa. Disse-me que queria fazer o Euro2020 e que depois voltaria a adjunto. Entendo, porque é ambicioso, isso é bom, mas é desleal e, para mim, isso é um grande defeito. Não quero pessoas assim na minha equipa técnica», explicou então Luís Enrique.

Na entrevista à RAC1, Moreno disse estar triste com o distanciamento com Luís Enrique, que toda a situação motivou, mas que também não esquece «nove anos magníficos» e a vontade de normalizar as relações com o atual selecionador.

Roberto Moreno assumiu o Mónaco para substituir o treinador português Leonardo Jardim, despedido no final de dezembro, quando a equipa era sétima classificada no campeonato.