Quatro épocas no Atlético de Madrid e sete no Real, já com currículo mostrado no Pumas e no San Diego Sockers. Em 1993, Hugo Sánchez voltou a Espanha, para o Rayo Vallecano, um ano após deixar os merengues rumo ao América, do país natal. Isto já com ligas espanholas, Taça do Rei e Supertaça espanhola no currículo. Como é que o melhor jogador mexicano de sempre rumou aos «franjirrojos»? A explicação surge 25 anos depois, pelo próprio.

«Eu assinei uma cláusula que dizia que, se uma equipa europeia se interessasse por mim, eu poderia ir sem pagar qualquer indemnização. Fui, porque não aguentei a pressão que o América queria, para aproveitar-se da minha imagem. Queriam absorver do que eu ganhava, fazendo uso da minha imagem para vender produtos para o Mundial 1994. Fui para o Rayo Vallecano, não por escolha, mas para que não me humilhassem [no México]», recordou Sánchez, em entrevista à ESPN.

Sánchez tinha voltado ao México em 1992, após passagem longa pelo Real Madrid, mas voltaria a Espanha para o Rayo, ao fim de um ano. A experiência não correu bem a nível coletivo, porque a equipa desceu à segunda liga espanhola, apesar dos 16 golos em 29 jornadas de Sánchez. Ainda assim, o antigo avançado mexicano enalteceu a experiência.

«Descemos e foi um momento difícil. Mas gostei, porque, como se diz na vida, prefiro morrer de pé do que viver de joelhos. Preferi assinar pelo Rayo, deixando de ganhar metade do que ganharia no América, para ter a minha dignidade intacta», recuperou.