João Félix pode tornar-se num dos «melhores jogadores do mundo».

A afirmação é do antigo internacional brasileiro Júlio Baptista numa videoconferência alusiva aos primeiros 90 anos da Liga espanhola, promovida pelo canal de televisão Eleven Portugal.

«Félix é um jogador com enorme talento, que, no futuro, pode ser um dos grandes nomes do futebol. Pode ser um dos melhores jogadores do mundo», realçou o antigo médio ofensivo, de 39 anos, que, em Espanha, jogou pelo Sevilha (2003 a 2005), pelo Real Madrid (2005/06 e 2007/08) e pelo Málaga (2010/11 a 2012/13).

Júlio Baptista, hoje treinador na formação do Valladolid, considera, porém, «difícil» que nomes emergentes do futebol como João Félix, o francês Mbappé, de 22 anos, vinculado ao Paris Saint-Germain, ou o brasileiro Rodrygo, de 20, no Real Madrid, possam igualar o «talento» de Messi, que é o melhor marcador da história da Liga espanhola, com 457 golos em 17 épocas pelo Barcelona, e de Cristiano Ronaldo, autor de 311 nessa prova durante nove épocas no Real.

«O futebol em Espanha é mais técnico, mas joga-se a uma velocidade incrível. Com a possibilidade de chegarem jogadores estrangeiros, o futebol está-se a tornar mais físico. Os jogadores com tomada de decisão muito rápida vão ter o melhor rendimento dentro do campo. Quase não se tem tempo para pensar hoje. Mas o futebol nunca vai perder a beleza», vaticinou.

Entre os 16 portugueses que militam no campeonato, o antigo médio destacou ainda Jota, extremo de 21 anos ao serviço do Valladolid, por empréstimo do Benfica.

Colega do ‘portista' Pepe, no Real Madrid, na época 2007/08, na qual ambos se sagraram campeões, e do ‘sportinguista' Antunes, no Málaga, durante a temporada 2012/13, Júlio Baptista reconheceu que sempre teve afinidade com os jogadores portugueses. Quanto à presente edição do principal campeonato espanhol, com Atlético de Madrid na liderança, seguido de Real Madrid e FC Barcelona, Júlio Baptista mostrou-se pouco «surpreendido» com a classificação, por entender que os ‘colchoneros' têm um «plantel mais completo» face aos rivais para enfrentar um «ano muito complicado» devido à pandemia de covid-19.