A Liga espanhola vai estudar eventuais ações legais contra a decisão da FIFA em alargar o novo mundial de clubes a 32 equipas a partir de 2025, em competição que passará a realizar-se a cada quatro anos.

«Estas decisões tomadas de forma unilateral e sem aviso prévio na elaboração do calendário, com novas competições internacionais, prejudicam irreversivelmente todo o ecossistema do futebol», acusa o organismo.

A entidade espanhola vai ao mesmo tempo, analisar a decisão da FIFA em alargar o número de competidores no Mundial de seleções de 2026 para 48 com a possibilidade de 12 grupos de quatro equipas ou de 16 grupos de três equipas, de forma a garantir «muitos mais jogos». 

«Com estas medidas, a FIFA afasta-se do objetivo de proteger os interesses da indústria do futebol, na qual se deve fomentar um ambiente de equilíbrio entre o futebol nacional e internacional, em benefício do futebol em geral», critica o organismo.

De igual modo, a Liga espanhola mostrou desagrado com a decisão unilateral, «sem qualquer tipo de consulta ou acordo com as ligas», de fixar, a menos de dois meses do evento entre 1 e 11 de fevereiro de 2023, em Marrocos, a disputa do mundial de clubes de 2022, recordando os prejuízos para os calendários nacionais, fixados em junho.
 
«A FIFA só pensa num reduzido grupo de clubes e jogadores, quando, no futebol profissional, existem muitas ligas profissionais, milhares de clubes e jogadores que não jogam estas competições internacionais. A FIFA parece esquecer e pensar apenas em alguns sem conhecer o verdadeiro efeito em todos os agentes do futebol profissional», concluiu.