Marcelino García Toral foi apresentado nesta terça-feira como treinador do Valência, com contrato de dois anos, e desejou ter em mãos um grupo unido, que saiba ultrapassar os fracassos das últimas temporadas.

«Precisamos de estabilidade. Devemos ser realistas. Temos de saber de onde vimos e para onde queremos ir. A necessidade de ganhar deve unir-nos a todos. Juntos somos mais fortes. A equipa técnica pretende respeitar sempre a identidade do clube e os seus sentimentos», referiu em conferência de imprensa, indicando que métodos quer transferir para os jogadores.

«Estamos aqui para transmitir segurança, energia e emoção. Sou um treinador trabalhador, exigente e gosto de ordem. Move-me a paixão. Aos jogadores peço compromisso, solidariedade e ambição. Estes valores são imprescindíveis para defender a camisola do Valência», vincou o antigo treinador do Villarreal.

Para tal, o técnico asturiano promete mudar em larga escala. «Não gosto da palavra revolução. Mas vai haver alterações no plantel. Vou ser parte da organização da equipa. É normal que o treinador participe nas decisões», concluiu, sem especificar possíveis entradas e saídas.

Marcelino torna-se se no quinto técnico escolhido por Peter Lim, depois de Nuno Espírito Santo, Gary Neville, Pako Ayestarán, Cesare Prandelli e Voro. Treinou o Villarreal durante quatro épocas, tendo abandonado o «submarino amarelo» no início de 2016/17, por divergências com a direção.

O espanhol foi mesmo opção para substituir Pako Ayestarán, aquando da sua demissão do clube «che», mas os regulamentos da Liga Espanhola impedem que um treinador oriente duas equipas do mesmo escalão no mesmo ano.

O Valência, onde atuam os portugueses João Cancelo e Nani, acabou a liga espanhola no 12º lugar, com 46 pontos.