Monchi foi esta segunda-feira apresentado como diretor desportivo do Sevilha. Trata-se de um regresso do espanhol ao clube onde trabalhou durante várias décadas.

«Quando o presidente me ligou pela primeira vez, foi pouco depois de anunciar a minha saída da Roma. Queria saber o que pretendiam e gostei do que me disseram. Isso era a base, porque se não tivesse gostado do que ouvi, não estaria aqui», disse, citado pelo AS.

O dirigente de 50 anos revelou que rejeitou uma proposta do Arsenal para voltar ao Sánchez Pizjuán. 

«Mostrou interesse, analisei todas as propostas que estavam em cima da mesa e tomei esta decisão», contou.

O antigo guarda-redes traçou os objetivos para esta segunda etapa no emblema andaluz. «Estou convencido que há muito trabalho por fazer, que há coisas boas que já se fez e outras que se podem fazer. A última vez estive 18 anos aqui e regresso com a ilusão de ficar o máximo de tempo possível. Não penso em mais nada a não ser numa continuidade duradoura. Venho ajudar o Sevilha a crescer e a chegar à elite», sublinhou, aproveitando a ocasião para negar qualquer conflito quando saiu do clube há dois anos.

«Mitos urbanos há muitos. Não fui embora chateado com ninguém, porque agora estão aqui praticamente as mesmas pessoas. Deixei o Sevilha porque senti que era o momento em que tinha de o fazer, precisava de encontrar motivações externas para continuar a crescer profissionalmente. Precisava de um outro projeto e procurei um sítio difícil para crescer. Mais do que os resultados, cresci pessoalmente. Valorizei a proposta do Sevilha como valorizei outras e escolhi o projeto que mais me convenceu. Sai para crescer e agora voltei porque posso aplicar o que aprendi no Sevilha.»

Monchi negou a saída de Caparrós do comando técnico do Sevilha e comentou as expetativas criadas em torno do clube com a sua chegada.

«É difícil passar ao lado das expetativas que se criam. A minha chegada pode coincidir com uma pressão maior para o clube alcançar os seus objetivos, mas é algo que me faz sentir valoriza. Muita gente disse-me que errei ao regressar, que as segundas passagens nunca são boas... Sei tudo isso, mas estou aqui. O Padrinho II foi melhor que o Padrinho I. Sei da pressão, mas não me sinto assustado. Em Roma existe pressão, por isso, digo que cresci lá. Agora lido melhor com a pressão», concluiu.