Ainda não é uma informação oficial, mas Jorge Sampoli pode ter feito este sábado o último jogo no comando do Sevilha. Na calha estará um lugar à frente da seleção argentina, mas o técnico afasta qualquer tipo de responsabilidade nas negociações.

«Acho que fui bem claro quando falei sobre a situação. Redundante é esperar que diga uma palavra fora do lugar para que vocês aproveitem. A Argentina tem de resolver o meu contrato com o Sevilla. O presidente está a par de tudo e são eles que têm de negociar. Não posso pressionar para que alguém me contrate. A AFA [federação argentina] tem que vincular-se às minhas obrigações e direitos nesse contrato», disse em conferência de imprensa.

Os andaluzes despedem-se do campeonato no quarto lugar, mas Sampaoli deixou o relvado debaixo de assobios dos adeptos do Sevilha. «Ganharam vocês [imprensa]. Aqueles que queriam que me assobiassem conseguiram-no. Não me senti mal em campo. Não vou daqui por dinheiro ou como um mercenário, vou pela seleção do meu país. As pessoas deixam-se levar por versões, não por realidades. O que eu fiz aqui foi trabalhar como um profissional durante um ano e respeitar o meu contrato», sublinhou.

Entretanto, o presidente do Sevilha dá o técnico como perdido para a Argentina. «Disse que não podia rejeitar uma segunda vez à sua seleção e temos de respeitá-lo, como temos de respeitar o contrato que está assinado. O presidente do Boca [Juniors], membro da AFA, disse-me que esta semana vem falar connosco. Temos claro que há uma cláusula que deve ser paga tal como tivemos de pagar quando o contratamos. Se a AFA o quer, tem de pagar», esclareceu José Castro, deixando elogios ao trabalho desempenhado por Jorge Sampaoli.