Terminada a suspensão da FIFA, por ter mordido Giorgio Chiellini no Mundial do Brasil, Luis Suárez relata em livro o que passou durante o período de transferência para o Barcelona.
 
«Trataram-me pior do que a um criminoso», conta o jogador no livro «Mi vida, Luis Suárez». 
«Ao deixar a concentração da seleção no Brasil, só não chorei porque o treinador estava à minha frente», frisa.

«Tivemos de planear tudo cuidadosamente, para evitar que os paparazzi ou algum adepto me pudessem fotografar em alguma atividade remotamente relacionada com o futebol. Tive de assinar o contrato de forma quase clandestina, sem que tivesse sido um assunto público», conta. 

«Havia um plano de três carros que saíam de três saídas diferentes para a eventualidade de a Imprensa ter sido avisada. Tive de habituar-me à ideia de ser uma operação oculta. Saía de casa dos meus sogros escondido para iludir os paparazzi», revela ainda Suárez.
 
O uruguaio recorda a primeira vez que pôde trabalhar com o plantel e as palavras do treinador Luis Enrique aos jogadores: «Finalmente deixaram-no sair de Guantánamo para treinar connosco. Todos aplaudiram o prisioneiro libertado».
 
Suarez garante que a fama que a sanção lhe trouxe não é verdadeira. «Falam de mim como se fosse um jogador problemático, mas basta falarem com os meus companheiros para perceberem que nenhum deles pensa isso».
 
«O Barcelona sabia que não teria nenhum problema comigo neste aspeto», afirma, frisando: «Se pusessem uma cláusula anti-mordidas, eu teria assinado na mesma, mas não tiveram tanta falta de confiança em mim».