A Federação da Rússia, cujo país vai organizar o Mundial de 2018, admitiu sta quarta-feira que não tem dinheiro para o salário do selecionador Fabio Capello e que necessita de novas fontes de financiamento para pagar ao treinador italiano.



«Digo, com total autoridade, que a federação russa simplesmente não tem dinheiro suficiente para pagar a Capello. Não é correto que o salário não seja pago ao selecionador nacional. É uma situação muito desagradável», admitiu Sergei Stepashin, membro da comissão executiva da federação, à agência Interfax.



Stepashin observou que os responsáveis que propuseram o contrato a Capello, que a comunicação social russa diz receber cerca de sete milhões de euros anuais, deviam ter «pensado previamente nas fontes de financiamento» e que esse será o próximo passo da federação russa.



«Tenho a certeza que a questão estará resolvida a 15 de novembro, quando a seleção nacional jogar com a Áustria [na qualificação para o Euro2016]. Mas terá de ser resolvida por quem assinou contrato com Capello», advertiu Stepashin. Cortar


O treinador italiano, que assinou em janeiro um novo contrato, válido até ao Campeonato do Mundo de 2018, queixou-se no início deste mês de não estar a receber de acordo com o que está estipulado há cinco meses. «Estou a atingir o limite», admitiu Capello, que tomou conta da seleção russa em 2012 e era apontado como o selecionador mais bem pago da fase final do Mundial-2014, realizado no Brasil e no qual a Rússia não passou da primeira fase.

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