O presidente da FIFA, Gianni Infantino, defende que o mundo do futebol tem de adotar a utilização do vídeoárbitro (VAR) de forma global para que o árbitro não seja «o único a não ver» o erro.

O suíço foi instado a comentar a arbitragem do Real Madrid-Juventus, da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, que terminou com vitória dos italianos por 3-1, com os espanhóis a apurarem-se para as meias-finais graças a uma grande penalidade nos descontos, convertido por Cristiano Ronaldo.

«Não podemos continuar assim, com o mundo todo a ver no segundo seguinte se há erro ou não, e o único a não ver é o árbitro», declarou, à margem da sessão de encerramento do congresso anual da Confederação Sul-americana (Conmebol), em Buenos Aires.

Segundo Infantino, o VAR pode «ajudar os árbitros» e existe «a responsabilidade de tornar o futebol um jogo o mais justo e transparente possível», reduzindo o número de erros graves «de um em cada três jogos para um em cada 19», lembrando que a tecnologia já será utilizada no Mundial2018, na Rússia.

Depois de uma derrota por 3-0, a Juventus recuperou no Estádio Santiago Bernabéu quando, nos descontos, o espanhol Lucas Vásquez sofreu falta do marroquino Benatia, levando o árbitro inglês Michael Oliver a assinalar grande penalidade.

Antes de Ronaldo poder rematar, o guarda-redes italiano Gianluigi Buffon foi expulso por protestos, com o português a fazer o 3-1 e apurar os bicampeões europeus para as meias-finais.