O presidente da FIFA, Gianni Infantino, defendeu este sábado ser «muito complicado» mudar a regra que permitiria aos jogadores atuar por mais de uma seleção, justificando-o com «interesses distintos» em todo o mundo.

À margem da primeira visita a Cabo Verde enquanto líder máximo da FIFA, que pondera mudar uma das suas regras de ouro, Infantino referiu que o organismo tem «falado sobre esta regra com todas as federações do mundo». Admite dificuldades em chegar a um consenso, pelas discordâncias «em todas as partes envolvidas».

A federação cabo-verdiana foi uma das que sugeriu a alteração, até por ter muitos atletas nascidos noutros países, como Portugal.

Por seu turno, Mário Semedo, presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), referiu que, a concretizar-se, tratar-se-ia de uma «medida importante» para Cabo Verde, embora reconheça ser uma «questão complicada».

Note-se que Cabo Verde enfrenta vários problemas logísticos, por não estar integrado territorialmente no continente africano. Para fazer face a vários défices, Infantino sugeriu aos responsáveis locais a candidatura aos fundos da FIFA, que ajudam federações com custos de viagens.

Por outro lado, Infantino anunciou que a FIFA vai apoiar Cabo Verde na criação de um centro técnico na ilha do Sal e na certificação do Estádio Adérito Sena, na ilha de São Vicente, para este recinto poder receber jogos internacionais e da seleção.

Durante a visita de Infantino, esteve ainda em questão o novo modelo do campeonato nacional que a FCF pretende implementar. Um projeto orçado em 450 mil euros, ao qual Infantino disse que a FIFA pondera apoiar com fundos do “For World”, programa de desenvolvimento do futebol da organização.