O River Plate reiterou neste sábado que se recusa a disputar a segunda mão da final da Taça dos Libertadores, frente ao Boca Juniors, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid.

Os Millonarios já tinham emitido um comunicado a revelar que iam recorrer da decisão da CONMEBOL, mas agora afirmam mesmo que rejeitam a mudança da superfinal para o recinto do Real Madrid.

«O River Plate confirma a sua recusa em mudar de local. O clube entende que a decisão distorce a competição, prejudica quem adquiriu bilhete e afeta a igualdade de condições devido à perda da condição de visitado», pode ler-se na nota.

«É incompreensível que o clássico mais importante do futebol argentino não possa ter lugar com normalidade no mesmo país em que, nestes dias, recebe a reunião do G20. O futebol argentino não pode permitir que um bando de adeptos violentos impeça a realização do superclássico no nosso país. Esta decisão prejudica gravemente e severamente os nossos adeptos», acrescentou o emblema de Buenos Aires.

O River Plate defendeu que «as mais altas autoridades do país assumiram responsabilidade pelos incidentes» e que por isso o clube não tem «responsabilidade no sucedido».

Quem já reagiu foi o presidente da FIFA, Gianni Infantino, que disse que a CONMEBOL tem de tomar uma decisão. «A bola não pode parar. Temos todos que arranjar condições para que se possa jogar», acrescentou, citado pela LUSA.

Recorde-se que a segunda mão da final da Copa Libertadores, entre o River Plate e o Boca Juniors, foi adiada por duas vezes, depois de os adeptos do River terem atacado o autocarro do Boca.