A UEFA, em conjunto com o sindicato internacional de futebolistas (FIFPro), apresentou esta quarta-feira à Comissão Europeia (CE) uma queixa contra a participação de fundos na propriedade de passes de jogadores e pediu que a decisão da FIFA em acabar com a partilha por terceiros seja aprovada.

«A propriedade de terceiros é uma espécie de escravatura moderna, quando jogadores pertencem a fundos de investimento ou a entidades corporativas, normalmente não identificadas. Este é claramente um assunto que a legislação europeia tem de contrariar e que a CE deve declarar ilegal», considerou o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino.

Em dezembro de 2014, o Comité Executivo da FIFA pronunciou-se contra a propriedade de futebolistas por parte de terceiros, numa iniciativa que pretendeu afastar os fundos de investimento do processo de transferências de jogadores.

A FIFA apontou o dia 1 de maio de 2015 para a entrada em vigor da nova legislação, embora os contratos já existentes possam ser mantidos até ao ser termo. Os documentos assinados entre 1 de janeiro e 30 de abril estão limitados a um ano de duração.

Dia 9 de fevereiro, as ligas de Portugal e Espanha apresentaram uma queixa à CE, mas contra a decisão da FIFA.