O jogador do Marselha quebrou o silêncio depois do incidente com Neymar, na vitória do Marselha em casa do Paris Saint-Germain, por 1-0, em setembro.

O central espanhol foi acusado pelo brasileiro de insultos racistas ainda no relvado e, no final do encontro, Neymar levou a discussão para o Twitter. Agora, a Liga francesa deliberou e decidiu arquivar o processo por não existirem «elementos suficientes» para sancionar os jogadores.

«[Aliviado?] Sim, muito, mais que tudo pela repercussão que teve, não porque eu tivesse dúvidas sobre o que ia acontecer. Sempre que és denunciado por coisas assim, e ainda mais quando é uma pessoa conhecida como o Neymar já se sabe a repercussão que tem. Por isso queria pôr um ponto final. O pior é que tudo isto foi muito longo», reconheceu Álvaro González ao Mundo Deportivo.

O defesa espanhol não quis pronunciar-se na imprensa sobre o assunto anteriormente porque o clube garantiu estar do seu lado e porque era difícil competir com a imagem mediática de Neymar.

Ainda assim, Álvaro González confessa que «o hype que a imprensa deu, sobre uma denúncia totalmente falsa» foi difícil de digerir.

O jogador recebeu «todo o tipo de insultos e ameaças», tal como todos os que o rodeavam.

«O meu telemóvel foi revelado, não sei bem por quem (...), revelaram a morada da minha casa, do trabalho dos meus pais, os carros com os quais circulamos em Marselha. Uma série de coisas que vão além do que é o futebol e do que pode ou não ser dito de uma pessoa pública», admitiu.

Para Álvaro González, «o mais difícil foi aguardar uma decisão da comissão» que julgou o caso, depois de ser acusado de «algo tão sério».

«A justiça foi feita depois de três semanas a passar por momentos difíceis. A maioria das coisas são negativas (...). Em relação a quem me denuncia, em relação às palavras que duvidam de mim e aos danos que me foram feitos como pessoa pública e privada. Mas saio fortalecido e com vontade de continuar a jogar futebol, que é a nossa obrigação e não ao outro», atirou.