Um grupo de cento e cinquenta adeptos do Paris Saint-Germain processou a UEFA num tribunal de Paris, por considerar que as novas regras de fair-play financeiro são uma forma de concorrência desleal que impedem o clube francês de lutar com as mesmas armas dos grandes clubes da Europa e que acabam por prejudicar os próprios adeptos do clube.
 
O PSG foi duramente punido pela UEFA há um ano por ter quebrado as regras do fair-play financeiro que obrigam a um equilíbrio entre as dívidas e as receitas de cada clube. Na altura, a equipa do Parque dos Príncipes, além de uma multa de 60 milhões de euros, foi obrigada a uma redução da massa salarial, a um limite de contratações de 55 milhões de euros e só pôde inscrever 21jogadores na Liga dos Campeões.
 
Agora, esta associação de adeptos considera que essas punições impediram o clube de valorizar o seu plantel no mercado de transferências e acabaram por prejudicar os próprios adeptos do clube. «O PSG não teve outra hipótese para aumentar a sua fonte de receitas a não ser a bilheteria», refere o comunicado dos adeptos que exigem uma compensação de 500 euros para cada adepto pela desvalorização do espetáculo e outra que pode chegar aos 5.312 euros para compensar a subida de preços praticados no Parque dos Príncipes.
 
Além desta queixa, já havia mais duas a decorrer. Uma apresentada em 2014, também contra o fair-play financeiro, contra não só a UEFA, mas também contra a federação francesa e contra a liga francesa. Uma outra queixa foi apresentada na Bélgica pelo advogado Jean-Louis Dupont, o advogado que esteve na origem do acordo Bosmann em 1995.