O Lyon foi despromovido à segunda divisão francesa, por decisão da Direção Nacional de Controlo e Gestão (DNCG) daquele país. O clube que tem Paulo Fonseca como treinador e terminou em sexto na época passada, porém, vai recorrer da decisão.

O anúncio da despromoção na secretaria aconteceu na tarde desta terça-feira, após uma audiência com o proprietário do clube, o norte-americano John Textor, e o diretor para o futebol, Mickael Gerlinger.

Textor mostrou-se satisfeito com a reunião e à saída falou aos jornalistas, afirmando mesmo que o organismo estava «ciente» de toda a situação e garantiu que a liquidez do clube «melhorou consideravelmente».

«Sabemos que a DNCG está ciente de tudo o que propusemos, de todas as nossas opções. Podem ver pelas contribuições dos nossos acionistas que investimos novo capital, não apenas para a DNCG, mas também para o nosso processo de licenciamento da UEFA. Sem mencionar a boa notícia da venda do Crystal Palace. A nossa situação de liquidez melhorou consideravelmente. Reduzimos significativamente as nossas despesas, os salários dos jogadores e há contratos antigos que estão a ser rescindidos. Portanto, em termos de rentabilidade para o próximo ano, estamos bastante confortáveis», afirmou.

De acordo com a imprensa francesa, na origem da decisão está o facto do clube não ter cumprido as exigências do organismo responsável por controlar as contas dos clubes, além de ter uma dívida de 175 milhões de euros. 

O Lyon, diga-se, já tinha sido impedido de contratar jogadores no mercado de inverno.

Recorde-se também que, esta segunda-feira, John Textor vendeu a participação no Crystal Palace a um empresário norte-americano, por cerca de 220 milhões de euros, como forma de evitar sanções. A UEFA estaria a analisar também a estrutura de multi-propriedade de Textor, sendo que os regulamentos impediam dois clubes sob o mesmo controlo de disputarem a mesma competição, neste caso a Liga Europa.