André Villas-Boas foi apresentado esta quarta-feira como novo treinador do Marselha e revelou quais os objetivos para o futuro do emblema da Liga francesa.

«Gosto de mudar tudo, quando chego. É importante fazer mudanças, trazer frescura e é por isso que quero controlar tudo. Não sou um treinador defensivo e quero ter bola, respeitando o slogan do Marselha: direto ao golo», explicou o técnico português, que regressa ao ativo, após ter deixado os chineses do Shanghai SIPG, em novembro de 2017.

O Marselha terminou a temporada no quinto lugar da Liga francesa, fora dos lugares de acesso às provas europeias, e Villas-Boas aproveitou para deixar clara a meta do conjunto marselhês para a próxima época.

«Precisamos de tempo para analisar e ver o que podemos alcançar. Com o orçamento que temos e seguindo as regras do «fair-play» financeiro, faremos o melhor. O objetivo é claro: terminar no pódio», afirmou o treinador, de 41 anos, que se vai estrear na Liga francesa em 2019/20.

O antigo adjunto de José Mourinho, estreou-se como treinador principal na Académica, em 2009/10, e transferiu-se para o FC Porto na época seguinte, tendo orientado também clubes como Chelsea, Tottenham, Zenit e Shanghai SIPG, mas a chegada ao campeonato gaulês podia ter acontecido mais cedo.

«É verdade que tive uma conversa com Vincent Labrune [antigo presidente do Marselha] em dezembro de 2013. A presença de Zubizarreta é importante e temos uma relação sólida há muitos anos. Falámos sobre tudo o que queremos para o Marselha e penso que podemos levar esta equipa ao topo», frisou o técnico português, que soma já nove títulos na carreira como treinador principal.

Afastado do banco de suplentes há cerca de ano e meio, Villas-Boas disse ainda que falou com vários emblemas durante este período, revelando ainda uma possível chegada de um novo elemento para compor a equipa técnica do treinador portuense.

«Falei com clubes mexicanos, alemães e franceses. A minha carreira faz-me muito feliz, mas tenho ideias e uma visão que mantenho sempre. Decidi também que o meu «staff» não é negociável, pois é um grupo de pessoas que têm toda a minha confiança e Ricardo Carvalho poderá juntar-se a nós», finalizou o novo timoneiro do Marselha.