A Federação Equatoriana de Futebol (FPF) demitiu o presidente do organismo, Francisco Egas, por «violações constantes» dos estatutos do organismo, nomeadamente com os gastos para contratar o selecionador Jordi Cruyff.

O vice-presidente Jaime Estrada assume o cargo até então ocupado por Egas na FEF, na sequência de uma opção de reestruturação por parte dos seis dos nove membros do conselho de administração do organismo.

Egas é ainda acursao de provocar uma «grave crise institucional» na FEF, gerida «unilateralmente», à margem dos estatutos e das decisões da direção.

A maioria dos membros que afastaram Francisco Egas assinalam também que o ex-presidente gastou quatro milhões de dólares (3,7 milhões de euros) para contratar o filho de Johan Cruyff para selecionador e o espanhol Antonio Cordón para diretor desportivo.

«A nossa surpresa é que a recomendação da direção não foi respeitada e que o total dos contratos atinge os seis milhões de dólares (5,5 milhões de euros)», referem os membros da direção, notando que os contratos «são totalmente desproporcionais em relação à realidade económica do país e da federação».

Já com a pandemia da covid-19 a afetar a América do Sul e também o Equador, Francisco Egas tinha anunciado que Cruyff e o seu pessoal técnico tinha acordado uma redução salarial de 70 por cento. A direção da FEF desmente agora a informação, referindo que apenas foi aceite uma reestruturação no pagamento.

Cruyff foi contratado em janeiro último, com o objetivo de levar o Equador ao Mundial de 2022, no Qatar.