Frankie Fredericks, medalha de prata nos 100 e 200 metros dos Jogos Olímpicos (JO) de Barcelona (1992) e de Atlanta (1996), foi acusado, esta sexta-feira, de corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Fonte ligada ao processo, citada pela agência Lusa, indica que acusação ao antigo velocista da Namíbia surge na sequência do inquérito sobre a alegada compra de votos na atribuição dos Jogos Olímpicos ao Rio de Janeiro. A cidade brasileira, recorde-se, recebeu a prova no verão de 2016.

Fredericks, membro do Comité Olímpico Internacional, está na mira da justiça francesa devido a um pagamento de 262 mil euros. A verba terá sido entregue ao antigo atleta pela empresa de Papa Massata Djack, filho do antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), no exato dia em que foi atribuída a organização dos JO de 2016 ao Rio de Janeiro.

O ex-atleta africano tem negado quaisquer ligações entre a verba e a candidatura do Rio de Janeiro. Fredericks alega que a quantia tem origem em serviços prestados num campeonato de estafetas e de trabalho de marketing em campeonatos africanos e outros programas da IAAF.

Entretanto, Fredericks já foi afastado da comissão de avaliação para os JO de 2024. Viu, ainda, a comissão ética do organismo recomendar, em março último, a sua suspensão de atividades ligadas ao COI.