No estádio Mário Kempes, em Córdoba, o Rosário até entrou melhor na partida e, numa primeira parte quase sem oportunidades de golo, foram os únicos a causar perigo. Chegaram mesmo a marcar por Marco Rúben, aos 37’, mas Diego Céballos, o juiz do encontro, anulou o lance por alegado fora-de-jogo de Larrondo, por ter interferido no lance mesmo sem tocar na bola.
Nos protestos desse lance, o treinador do Rosario, Eduardo Coudet, seria expulso. O intervalo chegava e o resultado permanecia intacto.
E se a primeira parte terminou com protestos, a segunda começaria da mesma maneira. Gino Peruzzi, lateral do Boca, arrancou do lado direito e foi travado em falta. O juiz da partida apontou para a marca da grande penalidade, mas a infração tinha sido cometida fora da área.
Nicólas Lodeiro não se importou com isso e abriu o marcador, num penálti clássico: bola para um lado, guarda-redes para o outro.
O Rosário Central voltou-se para o ataque e Franco Cervi (reforço já confirmado do Benfica) ia agitando. Aos 57’ assistiu Marco Rúben, que proporcionou a Órion uma grande defesa.
O Boca ia resistindo e iria acabar com o jogo em contra-ataque, muito perto dos 90 minutos, em mais um lance de muita polémica. Meli, ele que foi associado ao Benfica no defeso, arrancou do lado direito e serviu Chavez que em posição irregular só teve de encostar.
Mal o apito final soou, a comitiva do Rosario acentoou os protestos, com o treinador Eduardo Coudet a voltar ao relvado para tirar justificações com o árbitro argentino.
A polémica não passou despercebida na Argentina e levou mesmo o lendário jogador Mário Kempes, que dá nome ao estádio da final, a lamentar o sucedido.
«Os ladrões na Argentina vestem-se de laranja (alusão ao equipamento do árbitro). O Boca não tem culpa. Felicidades ao Rosário Central pelo trabalho realizado», escreveu na sua conta de Twitter.
los ladrones en la argentina se visten de naranja. la culpa no la tiene boca.felicidades a Central por el trabajo realizado esta año
— Mario Kempes (@ESPNMarioKempes)
November 5, 2015
Para a história ficou a conquista da Taça da Argentina pelo Boca Juniors, a terceira da sua história. Carlitos Tevez esteve apagado nesta final, mas foi o melhor marcador da competição e conquistou o seu quarto troféu em seis meses: campeonato e Taça em Itália e Argentina.
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