As Federações estaduais brasileiras querem tentar limitar o poder das televisões nos seus campeonatos.  

«No mundo todo, empresas como a ISL e a HMTF estão a dominar o futebol. Com o avanço delas, o futebol está a restringir-se a competições de ponta, quase sempre continentais, acabando com o resto. Assim, não dá. Os estaduais são os responsáveis pela paixão dos torcedores e não vamos deixar acabar», afirmou Eduardo Viana, presidente da Federação do Rio de Janeiro. 

Em causa estão nomeadamente as medidas que as televisões tentam impôr de redução dos jogos e do tempo de disputa dos campeonatos.  

No que diz respeito ao campeonato Carioca, Viana garante que não vai aceitar a pretensão da Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão e comercialização da prova.  

Assim, vão entrar em competição 12 clubes e não os oito que a televisão tinha anunciado. «A Federação não vendeu a competição à Globo. Vendemos foi o espectáculo», afirma. 

Os presidentes da Federação reunem-se hoje em Manaus para discuir esta questão e também para manifestar a preocupação com o crescente poder do Clube dos 13, um grupo constituído pelos principais clubes brasileiros, que já foi responsável este ano pela organização da Taça Havelange, a prova que substitui o campeonato brasileiro.