Franco Carraro, presidente da Liga Italiana de Futebol, manifestou-se esta segunda-feira a favor da dureza das penas em relação aos recentes casos de doping encontrados no calcio

«Temos que encarar o problema com a máxima seriedade. Pela primeira vez estamos perante casos de positividade ou não negatividade em relação à mesma substância: seria imperdoável baixar os castigos», afirmou Carraro, acrescentando que «não será o campeonato italiano a revelar permissividade em relação ao doping». Para o presidente da liga italiana, o mais importante «é salvaguardar a saúde dos jogadores». 

Proposta de elevação do limite máximo de nandrolona 

Entretanto, os médicos dos vários clubes italianos, reunidos em Coverciano, propuseram a elevação do limite máximo de nandrolona em pontos, passando de duas para quatro nanogramas por milílitro. 

Num encontro que reúne os representantes de 15 clubes da Serie A (não estão presentes Bari, Brescia e Udinese) e mais alguns das séries B, C1 e C2, foram ainda discutidos outros assuntos: controlo surpresa nas camadas jovens, alargamento da estrutura que realiza os testes e ainda a criação de um código de colaboração entre médicos, treinadores e jogadores. 

Os médicos revelaram que na época de 99/2000 foram efectuados 5059 controlos anti-doping em todas as divisões do futebol italiano.