Claude Le Roy, o treinador do Estrasburgo, tem sido alvo de ataques neo-nazis e anti-semitas, mas diz que não se deixará intimidar nem se demitirá, na sequência dos maus resultados da equipa, que perdeu os quatro jogos que já disputou no campeonato francês.  

No domingo, Le Roy e os jogadores foram surpreendidos por «graffiti» racistas nas paredes do estádio. Entre as inscrições liam-se coisas como «Le Roy porco judeu», acompanhadas de cruzes suásticas. No final do jogo de sábado com o Rennes (1-3), Le Roy e dois jogadores de origem africana foram insultados por adeptos, que diziam ao técnico para «voltar para África». Le Roy foi seleccionador dos Camarões e do Senegal. 

Na época passada, o treinador tinha já denunciado a existência de «nazis e fascistas» entre os adeptos do clube, observando um fenómeno que começa a ganhar corpo em vários países europeus, o do reaparecimento não só de grupos racistas mas também anti-semitas. 

Dizendo-se «escandalizado pelo comportamento inadmissível» dos adeptos, Le Roy contou que já recebeu cartas ameaçadoras, mas diz que não se deixa intimidar: «Um treinador está sempre num assento ejectável. Mas tenho demasiado respeito pelos meus jogadores para sair.»