A Premier League provou neste último mercado que é, e muito provavelmente continuará a ser durante largos anos, a liga mais rica do mundo.

No verão que registou transferências surpreendentes como as de Sterling, Martial ou De Bruyne, entre outras, os 20 clubes do primeiro escalão inglês gastaram cerca de 1,2 mil milhões de euros. Só o Manchester City ultrapassou os 200 milhões de investimento, uma verdadeira loucura, depois de uma época em que esteve parcialmente espartilhado pelo fair-play financeiro imposto pela UEFA e em que mesmo assim desembolsou 97,8 milhões.

O levantar das amarras, o dinheiro fresco proveniente dos direitos televisivos, que deram aos Citizens cerca de 131,3 milhões de euros só na última época, e a perspetiva de um bolo ainda maior, a distribuir a partir de 2016 – um total de 7,2 mil milhões de euros, depois da compra por parte da Sky e da BT Sport terão levado a equipa de Manchester a um all in que a coloca como destacada candidata ao título depois do fracasso do projecto-bicampeonato perante o Chelsea de José Mourinho.

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Não foram só os grandes além do City, Liverpool e Manchester United voltaram a ser avassaladores, com um Chelsea um pouco menos gastador a abrir os cordões à bolsa. Acima dos 50 milhões ficaram ainda Tottenham (72), Newcastle (69,5), Aston Villa (66,4) e Southampton (51,4). E o recém-promovido Watford (48,3), o West Ham (46,9) e o Sunderland (45) andaram por perto.

Oito clubes da Premiership bateram os próprios recordes de contratação mais cara de sempre: Manchester City com De Bruyne, Liverpool com Benteke, Southampton com Van Dijk, Bournemouth com Mings, Crystal Palace com Cabaye, Leicester com Okazaki, Stoke com Shaqiri e West Bromwich Albion com Rondón.

No meio de uma avalanche despesista devoradora, destaca-se obviamente a política espartana do Arsenal de Arsène Wenger, que gastou todos os seus 14 milhões numa única contratação, o guarda-redes checo Petr Cech.

O MAISFUTEBOL propõe-se olhar para a Premiership depois do furacão, e mostra-lhe o estado dos 20 plantéis. Não saia daí.


 
Mapa de nacionalidades:
174 – Inglaterra; 37 – França; 34 – Espanha, 25 – Irlanda; 20 – Holanda e Argentina; 18 – Escócia; 17 – Gales e Bélgica; 12 – Brasil; 11 – Senegal; 8 – Alemanha; 6 – Suécia, Nigéria, Itália, Austrália, Suíça e Costa do Marfim; 5 – Irlanda do Norte, Sérvia, PORTUGAL, Dinamarca e Gana; 4 – Uruguai, Argélia, Colômbia, Áustria, Jamaica, Congo, Estados Unidos e Equador; 3 – Rep. Checa, Costa Rica, Noruega, Polónia, Croácia e Coreia do Sul; 2 – Grécia, Roménia, Japão, África do Sul, Benin, Camarões, Bósnia e Marrocos; 1 – Burkina Faso, Chile, Hungria, Eslováquia, Venezuela, Islândia, Tunísia, Mali, Canadá, Lituânia, Guadalupe, Curaçao, Quénia e Togo

Os ingleses são 33% por cento do seu campeonato. Se lhes juntarmos os jogadores da Escócia, Irlanda, Gales e Irlanda do Norte, a fatia é de 44,8. 55,2 por cento do association é jogado por não-britânicos.

A média de idades anda nos 26,4 anos. O Tottenham tem a equipa mais nova (24,8) e o Leicester a mais velha (28,7). Entre os candidatos ao título, o Manchester City apresenta o grupo mais experiente (28,1) e o Liverpool, se realmente dermos aos «Reds» este estatuto, o mais jovem (25). Logo a seguir está o Manchester United (25,7).

O Chelsea, por sua vez, é a equipa que detém o maior número de internacionais A: 20 dos 24 que compõem o plantel
. West Ham e Aston Villa apresentam apenas nove.


 
Receitas televisivas relativas a 2014/15:
132M€ - Chelsea; 131,3 – Manchester City; 129 – Manchester United; 128,6 – Arsenal; 123,4 – Liverpool; 118,05 – Tottenham; 109,4 – Southampton; 106,9 – Everton; 106,32 – Swansea; 104,1 – Newcastle; 102,03 – Crystal Palace; 101,9 – Stoke; 100,09 – West Ham; 96,2 – West Bromwich Albion; 94,54 – Leicester; 92,14 – Sunderland; 90,04 – Aston Villa

Nota: Os despromovidos Hull, Burnley e Queens Park Rangers receberam respetivamente 87,7, 86,03 e 85,3 milhões de euros.

As receitas de televisão de cada clube são a soma de três partes: LIVE TV, mérito desportivo e 1/20 do bolo.
 
Campeonato da despesa:
204M€ – Manchester City; 139,4 – Manchester United; 112 – Liverpool; 83 – Chelsea; 72 – Tottenham; 69,6 – Newcastle; 66,45 – Aston Villa; 51,4 – Southampton; 48,6 – Watford; 46,9 – West Ham; 45,35 – Sunderland; 42,9 – WBA; 38,2 – Leicester; 31 – Bournemouth; 29,4 – Stoke; 28,8 – Crystal Palace; 27,3 – Everton; 15,8 – Norwich; 14 – Arsenal; 13 - Swansea

Campeonato da receita:
102,3M€ – Manchester United;  88,4 – Liverpool; 71,6 – Tottenham; 68,15 – Manchester City; 64,7 – Aston Villa; 59,9 – Chelsea;  52,7 – Southampton; 25 – Stoke; 10,9 – WBA; 10,3 – Sunderland; 9,2 – Leicester; 8,2 – Norwich; 7,9 – West Ham; 7,3 – Watford; 5,4 – Crystal Palace; 5 – Newcastle; 2,5 – Arsenal; 1,4 – Everton; 0,8 – Swansea; 0 – Bournemouth

Saldo entre gastos e receitas:
+1,3M€ - Southampton
; -0,5 – Tottenham; -1,8 – Aston Villa; -4,5 – Stoke; -7,6 – Norwich; -11,5 – Arsenal; -12,2 – Swansea; -23,1 – Chelsea; -23,4 – Crystal Palace; -23,7 – Liverpool; -25,9 – Everton; -29 – Leicester; -32 – WBA; -31 – Bournemouth; -35,1 – Sunderland; -37,2 – Manchester United; -39 – West Ham; -41,4 – Watford; -64,6 – Newcastle; -135,9 – Manchester City

Excelente a gestão do Southampton, o único emblema a conseguir saldo positivo entre gastos e receitas, mantendo, em teoria, uma equipa competitiva para a nova temporada.
 
Treinadores:
No que diz respeito aos técnicos, José Mourinho representa Portugal. Brendan Rodgers (Liverpool), Steve McLaren (Newcastle), Tim Sherwood (Aston Villa), Eddie Howe (Bournemouth), Alan Pardew (Crystal Palace) e Garry Monk (Swansea) são os ingleses.

Os britânicos Alex McNeil (Escócia, Norwich), Mark Hughes (Gales, Stoke) e Tony Pulis (Gales, WBA) ajudam a compor o ramalhete britânico.

A Holanda tem três treinadores na Premier League: Van Gaal no Manchester United, Ronald Koeman no Southampton e Dick Advocaat no Sunderland.

Manuel Pellegrini (Chile, Manchester City) e Mauricio Pochettino (Argentina, Tottenham) são os sul-americanos.

Arsène Wenger (França, Arsenal), Quique Flores (Espanha, Watford) e Roberto Martínez (Espanha, Everton), Slaven Bilic (Croácia, West Ham) e Claudio Ranieri (Itália, Leicester) representam o resto do continente europeu.

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