Gonçalo Guedes trocou o Valência pelo Wolverhampton este verão, aumentando o número de portugueses no clube. O internacional português confessou que conversou com alguns compatriotas antes de se transferir para a Premier League.
«Disseram-me que a Premier League é uma liga completamente diferente das outras. Acho que todas as pessoas que entendem e assistem a jogos de futebol conseguem ver que esta é a liga mais forte do mundo. A maior motivação foi essa, jogar na Premier League e em grandes estádios com bancadas sempre cheias tanto em casa como fora. É uma atmosfera completamente diferente», começou por dizer, em entrevista à Sky Sports.
O extremo, de 25 anos, explicou as diferenças do futebol inglês para o português ou espanhol, os outros dois países onde jogou.
«As pessoas... em Portugal e Espanha, é tudo sobre futebol, futebol e futebol e as pessoas não respeitam assim tanto os jogadores. Aqui posso andar na rua e as pessoas respeitam se estiver acompanhado da minha família ou amigos apesar de saberem quem sou. Continuam a apoiar-nos mesmo perdemos. Jogar na Premier League é algo que sempre quis e estou a desfrutar muito. O tempo? Visto um casaco (risos). Estou satisfeito com a minha decisão», referiu.
Nos lobos, Guedes reencontrou Bruno Lage, técnico com quem havia convivido no Benfica. «Quando era mais novo, o mister já tinha conquistado vários campeonatos na formação do Benfica. Ele treinou o meu irmão que é dois anos mais velho do que eu. Por isso, já sabia o que esperar. O mister já mostrou o nível que tem, a sua carreira fala por si. Estou muito feliz por estar aqui e espero aprender muito com ele», disse.
Sem pré-época, o atacante admitiu que esta paragem foi importante, embora tenha manifestado o desejo de estar presente nos convocados de Fernando Santos para o Mundial 2022.
«As últimas duas semanas foram verdadeiramente importantes para a minha adaptação. Precisava desse tempo para treinar com a equipa e perceber melhor a nossa forma de jogar. Sinto-me melhor agora e sei perfeitamente o que tenho de fazer. Tenho de melhorar muito e de me adaptar à forma de treinar, à intensidade e essas coisas. Claro que estar presente na seleção nacional é um motivo de grande orgulho. Mas ao mesmo tempo, entendo que as opções são muitos. Tenho de aceitar a decisão do selecionador e trabalhar duro para ganhar o meu lugar no Mundial», concluiu.