Uma goleada anunciada por vezes sucede mesmo, por muito que o David da história não queira. No St. Jakob Park, desta vez venceu Golias com o Manchester City a golear o Basileia por 4-0 e marcar nova viagem para o país, quando for o sorteio dos quartos de final, em Nyon.

O jogo foi de uma previsibilidade tremenda. Desde as estratégias ao resultado. Por muito que estejamos com as 16 equipas finais da Liga dos Campeões, há muito mais do que um mundo a separar Basileia e ManCity.

Ainda nem as cadeiras estavam quentes e já o Manchester City criava uma oportunidade de golo. Bernardo Silva descobriu Gundogan e o médio cabeceou para defesa de Vaclik.

Se naqueles instantes iniciais se percebeu que o City ia jogar como sempre, também se verificou a esperada estratégia helvética: sempre que possível, bola rápida nas costas da defesa inglesa.

Assim sucedeu quando Oberlin desperdiçou ocasião para fazer o 1-0 perante Ederson e assim foi depois, quando o avançado entrou em luta com Otamendi e acabou por cair na área, aos 12 minutos: o árbitro mandou seguir.

O Basileia não acabou aí, mas a discussão sim. Já a eliminatória terminaria poucos minutos depois. Um canto de Kevin de Bruyne encontrou a cabeça de Gundogan que fez o 1-0 e subiu para 19 o número incrível de assistências do belga na temporada.

Quando Bernardo Silva recebeu ao segundo poste, de peito, baixou a bola e atirou para o 2-0, havia 18 minutos e aos 23 já não havia dúvidas no vencedor da noite: Sergio Aguero fez o terceiro para o City.

Entre o primeiro e o terceiro golos passaram nove minutos e o ManCity começou a desacelerar a partir daí: ainda assim, que não restem dúvidas, os ingleses podiam ter saído com diferença ainda maior para o descanso.

Na Suíça, ou noutra parte qualquer, percebia-se que o resto do jogo era uma questão de números. A diferença de qualidade foi demasiado notória em campo e o que sucedeu no marcador, com Gundogan a fazer o 4-0, foi apenas e só a consequência lógica da superioridade inglesa no jogo e, convenhamos, na eliminatória.

Só algo que ninguém vislumbra pode mudar o rumo dos acontecimentos e tirar o City do sorteio dos quartos de final. Em Basileia, na primeira mão da eliminatória, confirmou-se o que o mundo inteiro sabia: que a equipa de Guardiola está entre as oito melhores da Europa.