O Portsmouth promoveu uma homenagem original aos adeptos do clube que há cem anos morreram na I Grande Guerra Mundial com a inscrição dos nomes de mais de 1.400 vítimas na nova camisola do centenário clube.

Há um século, o exército inglês formava batalhões bairro a bairro e o 14º e 15 batalhões de Hampshire foram formados com uma recruta maciça realizada em Fratton Park junto ao estádio do Southampton, clube que, há data, tinha apenas dezasseis anos [fundado em 1898]. Era uma prática comum do exército britânico juntar amigos e vizinhos no mesmo batalhão como forma de incentivo para a terrível guerra de trincheiras que se tratava em França.

Estes dois batalhões com recrutas de Fratton Park ficaram conhecidos como os «Pompey Pals» [os camaradas de Pompey] e sofreram pesadas baixas, com o registo de mais de 1.400 mortos. «Isto não é uma celebração, é uma homenagem. Precisamos recordar o que é que todos estes homens e mulheres desta região fizeram durante a guerra», referiu Bob Beech, historiador e conhecido adepto do Portsmouth.



A nova camisola conta, assim, com mais de 1.400 nomes da vítimas da I Grande Guerra e foi apresentada no dia do centésimo aniversário da declaração de guerra dos britânicos à Alemanha. Nesse mesmo dia, o Portsmouth aderiu campanha de recrutamento, montando uma banca junto ao estádio. Muitos adeptos responderam ao apelo do governo e do clube, trocando as camisolas azuis do Portsmouth pelo verde caqui dos uniformes militares. São os nomes desses homens que foram agora inscritos nas camisolas dos Pompeys.

A camisola recupera os traços do modelo utilizado em 1914, incluindo o velho símbolo que o clube utilizava há cem anos.

Um olhar atento, permite encontrar os mais de 1.400 nomes dos «Pompeys Palls» que caíram nas trincheiras em França.