Cesc Fàbregas revelou os motivos que o levaram a deixar o Arsenal e a voltar ao Barcelona: as atitudes dos seus colegas nos últimos anos da sua passagem por Londres.

«Jogávamos um futebol bonito, gostava dessa parte. Mas era capitão e metia imensa pressão em cima de mim. Aquela equipa tinha de ganhar alguma coisa, e eu dei tudo por isso. Sempre que perdíamos, chegava a casa e chorava, mas ia no autocarro e via alguns dos meus colegas no autocarro, a rir e a combinar onde iam sair à noite. Chegou a uma altura em que me sentia só neste sentimento de ganhar», começou por confessar, em entrevista a um blog dos «gunners».

«Se não fossem as atitudes de alguns colegas, especialmente nos últimos dois ou três anos, teria ficado no Arsenal. Apenas o Van Persie e o Nasri estavam ao meu nível em termos mentais e técnicos. Não é arrogância, era mesmo isso que sentia», acrescentou o espanhol.

O internacional espanhol afirmou ainda que já tinha decidio sair do Arsenal, decisão essa que teve de forçar junto de Wenger porque o treinador não pensava em deixar sair o capitão.

«Pedi ao Arsène [Wenger] para sair depois do Mundial 2010. Estava muito determinado, ele disse-me 'nem pensar'. Comecei a forçar um pouco, para ser honesto. Fui falar com ele no escritório, fui ter à casa dele. Mas chegamos a uma espécie de entendimento em que, se as coisas não mudassem nessa época, ele ia pensar no assunto. Assim que perdemos a Liga, penso que foi após uma derrota com o Bolton, esse foi o meu último jogo pelo Arsenal. Nesse dia desisti, infelizmente. Estava mentalmente saturado, pensava que não podia continuar assim. 'Preciso de um novo estímulo'. Precisava de de estar cercado de pessoas que vivessem o futebol, que dessem tudo [em campo] como eu estava habituado a dar. Então em 2011, disse, 'basta' e forcei [a minha saída]», disse, por último.

Fàbregas voltou ao Barcelona, clube onde realizou parte da formação. Seguiram-se passagens por Chelsea e Mónaco, clube que representa.