Com a chegada de Sarri e de Jorginho ao Chelsea no início da época 2018/19, Cesc Fàbregas acabou por sair do clube em janeiro. O campeão europeu e mundial por Espanha elogiou as qualidades humanas do técnico italiano, mas criticou a sua inflexibilidade. 

«O Sarri queria apostar no Jorginho, que tinha chegado com ele do Nápoles por 60 milhões de euros. Não era suficiente para mim jogar na Liga Europa e nas taças. Sempre fui um jogador que jogou de início... Sempre quis ser protagonista na Premier League, por isso decidi sair. O Sarri é um bom treinador e tem bom coração, mas tem convicções muito fortes ao nível tático. Ele é muito supersticioso e é muito difícil fazê-lo mudar de ideias», disse, em entrevista ao «Tuttosport». 

O internacional espanhol aproveitou e deu um exemplo do quão difícil era convencer o treinador a mudar de ideias.

«O Sarri queria que treinássemos sempre à tarde, às 15h00, o que era muito mau para jogadores com família, como era o meu caso. Não conseguíamos ver os nossos filhos durante todo o dia. Eles iam para a escola de manhã e estavam a dormir quando chegávamos a casa depois do treino... Um dia pedimos a Sarri para começar a treinar de manhã. Mas ele disse que tínhamos de treinar às 15h00 porque um professor de Pisa tinha provado que era a melhor hora para o corpo. Sei é que é importante para os jogadores passarem tempo com a família», relatou.

O médio do Mónaco elogiou Lionel Messi, antigo companheiro no Barcelona. 

«Muitas vezes digo a mim próprio que o Leo não sabe o quão grande é. Ele não tem a noção de que é um Deus do futebol. Ele é muito humilde e gosta de viver como uma pessoa normal, apesar de ser uma estrela. Ele adoraria andar sem um segurança. Messi tem um grande coração, está sempre disposto a ajudar os mais necessitados», atirou. 

Por último, Fàbregas defendeu que Mourinho e Guardiola têm mais semelhanças do que a maioria das pessoas pensam. 

«Todos pensam que Mourinho e Guardiola são o oposto. Na realidade, é precisamente o contrário. As suas equipas jogam de forma diferente, mas enquanto treinadores são iguais: são maníacos. E acima tudo, são vencedores. Mourinho e Pep marcaram uma era, tal como Klopp fez mais tarde. Na lista dos melhores técnicos dos últimos vinte anos eu incluo Wenger, Lippi, Ancelotti e Ferguson», sustentou.