Dos sonhos à nova geração do futebol italiano, de Zaniolo a Balotelli. Numa entrevista extensa, o selecionador de Itália, Roberto Mancini, abordou a chamada do jogador da Roma à seleção e de um possível regresso do avançado do Marselha.

O técnico de 54 anos não fechou a porta a um eventual regresso de «Super Mário», pese embora não o convoque desde setembro. 

«O ideal seria ter o Balotelli de há dez anos, que corria por todo o campo. Mas aos 28 anos continua na plenitude dos seus recursos», disse, em entrevista ao Corriere della Sera, antes de desvalorizar o lado problemático do avançado do Marselha.

«Agora depende de Balotelli. Precisa de ter a cabeça no lugar, algo que não aconteceu nos últimos anos. Só assim poderá ser convocado. Tem de jogar bem, marcar golos e ter cuidado para não ver cartões. Balotelli tem de entender que está a jogar as suas últimas cartas.»

Em relação a Zaniolo, prodígio da Roma que esteve em destaque no jogo com o FC Porto, Mancini teceu-lhe rasgados elogios.

«Penso que ele pode jogar numa posição diferente, mesmo não sendo a dele. Quanto mais cedo tocar na bola no processo ofensivo, melhor. Segui Zaniolo no Euro de sub-19 e fiquei impressionado tal como fiquei com Tonali, Kean e Scamacca. Gostei particularmente de Zaniolo pela grande força mental», disse.

Mancini revelou ainda que sonha em vencer o Campeonato do Mundo e o Campeonato da Europa de forma consecutiva ao serviço da «squadra azrurra».

«Nunca vencemos a 'dobradinha'. O falhanço do Mundial 2018 já passou, o trauma está ultrapassado. Olhamos para o que aconteceu como um aviso, mas temos a obrigação de pensar em grande. A Argentina nunca venceu a Copa América com Messi. Por que razão não podemos pensar em conquistar algo?», disse de forma retórica.