Gedson Fernandes tornou-se no 14.º jogador que José Mourinho contratou a clubes portugueses. O agora treinador do Tottenham tem um longo historial de reforços provenientes da Liga nacional desde que trocou o FC Porto pelo Chelsea, em 2004.

Daí para cá, foram mais de 200 milhões investidos. E não houve exceções. Em todos os clubes que treinou, Mourinho virou-se sempre para o mercado nacional, incluindo as duas passagens pelo Chelsea.

No verão de 2004, tanto Mourinho como Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho eram campeões europeus de clubes. Por isso, foi sem grande espanto que o lateral e o centra seguiram com o treinador para Stamford Bridge. Duas mudanças que marcaram um novo ciclo no futebol português. No total, o Chelsea pagou 50 milhões de euros pelos dois jogadores: 20 por Paulo Ferreira, 30 por Carvalho. 

Nessa mesma altura, chegou Tiago. Foi o primeiro reforço que Mourinho procurou no Benfica, o clube a que o setubalense mais vezes recorreu. O médio de Viana do Castelo mudou-se a troco de dez milhões a pronto e outros dois por objetivos.

Ainda no primeiro período Chelsea, o «special one» teve duas aquisições menos sonantes. Nuno Morais esteve à experiência e acabou por trocar o Penafiel pelos blues, Hilário chegaria mais tarde, do Nacional, para ocupar uma vaga de guarda-redes. Dois negócios cujos valores são desconhecidos.

Em 2008/09, Mourinho assumiu o Inter de Milão. A regra confirmou-se. Um jogador a atuar em Portugal seria contratado. Os nerazzurri pagaram 18,6 milhões por Ricardo Quaresma e o FC Porto recebeu ainda Pelé, avaliado em pouco mais de seis milhões.

O técnico português orientou o Real Madrid entre 2010/11 e 2012/13. Aí investiu milhões em Di María e Fábio Coentrão. Uma dupla de esquerdinos que tinha dado cartas no Benfica 2009/10 de Jorge Jesus e que, em conjunto, significaram um encaixe de mais de 50 milhões de euros aos encarnados. Di María saiu por 25 milhões de euros com mais 11 em objetivos, Coentrão por 30.

É no clube merengue que surge a única relação de Mourinho com o Sporting: Pedro Mendes foi um empréstimo dos leões aos merengues.

Finda a aventura espanhola, segue-se a segunda passagem por Stamford Bridge. Mourinho, como sempre, voltou a atacar na liga nacional: Nemanja Matic seria o quarto jogador contratado ao Benfica. No caso, a troco de 25 milhões. Christian Atsu tembám foi contratado ao FC Porto, mas nunca se estreou no clube londrino.

A relação com o Chelsea voltou a ter um fim prematuro, mas o Manchester United apostou em Mourinho para voltar a vencer troféus. Duas notas de grande destaque no clube de Old Trafford. A contratação de Victor Nilson Lindelof fez-se a troco de 35 milhões de euros. Fora objetivos contratualizados no negócio Di Maria, foi o maior investimento que fez em Portugal. A outra nota? Mourinho voltou a contratar no FC Porto.

Dez anos depois, Mourinho contratou um jogador ao FC Porto

Diogo Dalot sucedeu a Ricardo Quaresma nesse aspeto e deixou o Dragão a troco de 22 milhões de euros. Um negócio que aconteceu em 2018, dez anos depois do extremo ter trocado o FC Porto pelo Inter.

Por fim, Gedson Fernandes. Os valores são ainda desconhecidos, embora a generalidade da imprensa admita que o mero empréstimo do Benfica seja por um montante de 4,5 milhões de euros. Há uma cláusula de compra que os Spurs podem acionar, mas o valor não foi tornado público. 

Ainda assim, o empréstimo de Gedson confirma a regra e eleva para seis os jogadores que Mourinho contratou ao Benfica. Nesse particular, o técnico setubalense reforçou-se com quatro jogadores do FC Porto, um do Sporting, um do Nacional e outro do Penafiel. 

[artigo e título atualizados]