O futebolista senegalês Kalidou Koulibaly, do Nápoles, voltou a ser alvo de insultos racistas, desta vez no Atalanta-Nápoles de domingo, jogo da 31.ª jornada da liga italiana ganho pelos napolitanos em Bergamo (1-3).

Um vídeo publicado por um repórter italiano mostra Koulibaly a ser insultado quando se dirigia para os balneários, num episódio que não é único esta temporada – também já tinha acontecido em épocas anteriores – e que já foi repudiado pela Atalanta e também pela Federação Senegalesa de Futebol.

«Qualquer comportamento que não esteja de acordo com os princípios de civilização e educação, que sempre defendemos enquanto clube, será fortemente combatido. Não queremos, e sublinhamos, dar visibilidade a assuntos que nada têm a ver com o nosso meio e, sem clamor nem generalizações, atuaremos nos órgãos competentes para que a imagem do clube e da cidade de Bergamo sejam protegidas», refere a Atalanta, esta segunda-feira, em nota oficial.

Já no domingo, a Federação de futebol do país de Koulibaly tinha criticado o momento, já visto igualmente em Florença e, mais recentemente, em Verona.

«Estes idiotas sem cérebro não têm lugar num estádio. Força, Kalidou, o povo senegalês apoia-te com todo o coração. Permaneça um homem, para se orgulhar da sua coragem, bravura, exemplo e pertença à nossa raça e país», escreveu o organismo.

O regresso dos adeptos às bancadas trouxe uma autêntica avalanche de incidentes racistas de volta ao futebol italiano. Para além de Koulibaly, também o nigeriano Osimhen, dos napolitanos, e o francês Maignan, do Milan, foram alvo destes cânticos e gritos. O capitão da seleção italiana, Giorgio Chiellini, manifestou, em outubro, vergonha por este tipo de acontecimentos.