O modelo de distribuição das receitas da UEFA vai mudar a partir de 2018: essa é uma das novidades que saiu da reunião do Comité Executivo, que contou com a presença de Fernando Gomes, presidente da Federação e membro do Comité.

Assim sendo, refira-se, o modelo de distribuição das receitas de Liga dos Campeões e de Liga Europa deixa de abranger apenas três partes, para passar a distribuir-se por quatro.

Até aqui, recorde-se, o modelo de distribuição dividia-se em prémio de participação, prémios de performance (pontos e apuramentos, por exemplo) e market pool.

A partir de 2018 é acrescentada mais uma parte: prémio pela classificação do ranking da UEFA dos últimos dez anos, que considera também os títulos conquistados internacionalmente pelos clubes do país. Passam a ser portanto quatro partes.

Ora desta forma, o peso dado ao market pool diminui consideravelmente: agora significa 40 por cento do total de receitas, a partir de 2018 significa apenas 15 por cento.

Isto beneficia os clubes portugueses, naturalmente, já que o mercado português é pequeno, pelo que o proveito com o market pool é inferior a muitos clubes de países maiores. Já a classificação de Portugal no ranking da UEFA nos últimos anos é boa, o futebol nacional chegou a ser o quinto do ranking, pelo que os clubes vão à partida receber mais dinheiro relativamente ao que acontece com o market pool.

Mas para isso, claro, é preciso manter um bom lugar no ranking UEFA.

Refira-se, a esse propósito, que se Portugal conseguir ficar num quinto ou sexto lugar, o impacto da mudança é positivo. Se Portugal cair para oitavo lugar, ou abaixo disso, então a mudança terá um efeito negativo nos prémios a receber pelos clubes nacionais.

Resta dizer que Fernando Gomes, presidente da Federação, reuniu com o Sporting, Benfica, FC Porto e Sp. Braga há cerca de quinze dias, na Cidade do Futebol, e que por isso os clubes estivram sempre muito informados sobre o tema.

Por outro lado, este modelo vai gerar cerca de mais três mil milhões de euros em receitas por época (conjunto de Champions e Liga Europa) do que acontece agora, sendo que as verbas de solidariedade para os clubes portugueses também aumentam (esta época receberam 41 milhões de euros).