Os clubes portugueses cujos futebolistas internacionais africanos jogarão em zonas ou contra adversários de países onde é grande o risco de contaminação de Ébola revelaram hoje que estão a cumprir todos os procedimentos preventivos dos protocolos de saúde.

O avançado camaronês Aboubakar, do FC Porto, é um dos jogadores que, na sexta-feira, jogará frente a um adversário oriundo de uma das zonas onde foi detetado um dos focos da epidemia, a Serra Leoa, onde se registaram, até ao momento, 623 mortes e 2.437 casos, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Razão pela qual os dragões estão a promover, segundo fonte oficial do clube, o «acompanhamento e monitorização, de acordo com os protocolos existentes», no que diz respeito à deslocação e ao adversário da sua seleção.

Quanto ao seu colega de seleção Edgard Sally, fonte do gabinete de comunicação da Académica disse à agencia Lusa que o seu jogador foi convocado e integrou os trabalhos da seleção «dentro da mais completa normalidade», realçando que, tendo em conta que existem várias entidades responsáveis pelo acompanhamento da doença, «não cabe ao clube pronunciar-se sobre o assunto».

A partida conta para a fase de qualificação para a Taça Africana das Nações (CAN) e vai realizar-se em Yaoundé, capital dos Camarões, a pedido da federação da Serra Leoa, país onde a doença se tem alastrado.

Por seu lado, o gabinete de comunicação do Nacional informou que o clube não tomou medidas relativamente ao jogador Boubacar Fofana, que vai jogar pela seleção da Guiné-Conacri contra a congénere de Marrocos.

«Não achámos necessário, uma vez que o Boubacar vai jogar em território marroquino, onde, até agora, não existem sinais da doença», esclareceu o emblema madeirense.

O futebolista costa-marinense Seri, do Paços de Ferreira, vai jogar em Kinshasa, na República Democrática do Congo, e viajou «de acordo com os procedimentos em vigor» para quem se desloca aos países africanos, referiu Paulo Gonçalves, diretor de comunicação dos pacenses.