O futebolista argentino Lionel Messi recordou a sua saída do Barcelona para o Paris Saint-Germain no último mercado de transferências, garantindo que nada tinha acordado com os parisienses antes do comunicado dos catalães que confirmava a sua saída.

«Tive de mudar os meus planos, deixar Barcelona foi uma sensação estranha, parecida à de quando tinha 13 anos e deixei Rosario. Foi extremamente duro de encaixar, de deixar a nossa casa e que a família tinha de mudar completamente as rotinas, os meninos mudarem de escola. Pela primeira vez na minha carreira passaram muitas coisas pela minha cabeça, não tinha outra opção senão ir embora e tinha de aceitar», afirmou, em declarações à France Football, numa entrevista publicada na íntegra este sábado.

O jogador de 34 anos, agora colega dos portugueses Nuno Mendes e Danilo Pereira no PSG, diz que viveu um período de alto contraste. Ganhou a Copa América pela primeira vez com a seleção da Argentina, mas saiu do seu clube de sempre na carreira.

«Senti emoções contraditórias. Feliz por tudo o que vivi com a minha seleção, mas ao voltar veio algo muito estranho: tive de deixar Barcelona, a minha casa, onde passei muitos anos», recordou, admitindo que não esperava.

«Francamente, não esperava. Voltei para preparar a pré-época depois das férias extra que o treinador Ronald Koeman me tinha dado, tinha a ideia de assinar contrato e voltar aos treinos, pensava que estava tudo tratado e só faltava a minha assinatura, mas ao chegar a Barcelona disseram-me que não era possível, que não podia ficar e que tinha de encontrar outro clube, porque o Barcelona não tinha dinheiro para renovar», expressou, numa entrevista na qual revelou também em quem votaria para a Bola de Ouro.