O avançado argentino Lisandro López, antigo jogador do FC Porto, garantiu que houve possibilidade de ir para clubes como Juventus, Tottenham ou Chelsea. Mas a oportunidade gorou-se e o dianteiro, hoje com 35 anos, prometeu então, em 2013, que nunca mais voltaria a jogar na Europa. Certo é que saiu do Lyon para o Al Gharafa, do Qatar. E nunca mais voltou.

A explicação para o desfecho, referiu Lisandro em declarações ao programa Identidad Racinguista, começou com a adaptação ao corredor esquerdo do ataque.

«Depois de três anos e quase 80 jogos, o treinador [ndr: Remi Garde] decidiu colocar-me na esquerda, com Gomis no centro, Lacazette na direita e Grenier ou Gourcouff a criar. Não concordei. Após seis meses assim, devolvi a braçadeira e disse que preferia ser suplente do que desempenhar esse trabalho», contou.

«No final da temporada [ndr: 2012], tive oportunidade de ir para a Juventus. O presidente do Lyon recusou. Uma semana depois de fechar o mercado de transferências, o Villas-Boas chamou-me para jogar no Tottenham. Estávamos de acordo com tudo e o presidente voltou a fechar a porta. Naquele momento, soube que o Villas-Boas fez uma oferta por mim com o Chelsea, mas nunca me disseram porque não tinha agente nessa época. Fiquei tão desapontado que prometi a mim mesmo nunca mais voltar a jogar na Europa», contou Lisandro, que explicou o que fizera depois.

«Liguei para o Ayala para vir para o Racing [ndr: atual clube de Lisandro], mas ele disse-me que o Lyon estava a pedir seis ou sete milhões de euros. Eu tinha um ano de contrato. O Lyon estava a tentar mandar-me para o Mónaco ou Nápoles. Mas como achei que nunca mais jogaria na Europa, fui para o Qatar».

Depois das declarações de Lisandro, proferidas na quarta-feira, o Lyon reagiu esta tarde, garantindo que «nunca teve contacto com o Mónaco, Nápoles ou Chelsea» e que «nada recusou» porque «não recebeu nenhuma oferta».

«O Lisandro mostrou a sua vontade de sair e propostas de Juventus e Tottenham, mas transferências livres. O Lyon ouviu o jogador, mas disse-lhe uma saída sem transferência não era possível. Nenhum dos clubes fez proposta», frisou o Lyon, em comunicado.

«No verão de 2013, Lisandro López confirmou a sua exigência de ir para o Al Gharafa, que formalizou uma oferta de transferência de 7,2 milhões de euros. A direção aceitou a proposta sob a pressão do jogador, sujeito a jogar a fase preliminar da Liga dos Campeões, contra o Grasshoppers», pode ler-se, ainda, na nota do emblema gaulês.