Zinedine Zidane deixou os gabinetes para descer ao relvado e tornar-se adjunto de Carlo Ancelotti, uma posição mais próxima dos jogadores e que por isso lhe permite ter uma melhor noção do que Cristiano Ronaldo faz todos os dias. Por isso não tem dúvidas: a Bola de Ouro foi bem entregue.

«Foi merecido. Muito. Vejo-o todos os dias a treinar-se, chega antes da hora, vai embora depois, é sempre dos últimos, só sai duas horas depois de ter terminado a sessão», começou por dizer em entrevista ao jornal As.

«Vejo-o a trabalhar todos os dias e posso dizer que não tem teto. Quer mais e mais e mais. É um exemplo para todos, para os seus companheiros, para os madridistas e para os adversários.»

Zidane garante, de resto, que com Carlo Ancelotti os jogadores «estão felizes» e elogia Benzema, considerando que o francês é muito parecido com ele. «A mim o que me interessava era jogar, dar o máximo no campo e estar bem... depois disso só queria etar em casa com a família. Benzema é um bocadinho assim também», justificou.

Por fim, aquele que foi um dos melhores jogadores de todos os tempos garante que gosta muito mais de estar no banco do que nos gabinetes, que está a aprender com um dos melhores treinadores e que no futuro é esta carreira que quer seguir.

Já se fala que ele pode ser o substituto de Deschamps na seleção francesa e Zidane não o nega.

«Na altura certa veremos. Não é o momento certo para falar disso. O que disse há algum tempo é que tenho o sonho de treinar a seleção francesa. Por que não hei-de ter essa ambição? Gostava mutio de um dia ser selecionador francês»